Caminhada Miradouros  

A vida é feita de muitas subidas e descidas, semelhantes às que fizemos no Domingo na Caminhada pelos Miradouros de Lisboa. As subidas devem fazer-se lentamente, não nos esquecendo de que devemos sempre cheirar as flores e inevitavelmente indo soprando as velas. As descidas carecem de cautela, mas são inevitáveis, pois só assim se pode voltar a subir.

Foi uma manhã magnífica em que a Primavera decidiu finalmente aparecer para fazer a caminhada connosco; até parece que esteve à nossa espera!

Eramos uns trinta jovens, mais coisa, menos coisa, bem dispostos e motivados, que às 8:00 da manhã se reuniram no Alto do Parque Eduardo VII, para efectuar um percurso circular de 12 Km. Não, não é um engano, fizemos mesmo 12 Km! Depois da descida até ao Marquês, e de deslizarmos Av. da Liberdade abaixo, subimos a íngreme Rua da Glória (era cedo e o elevador ainda não estava a funcionar) para ir ter ao Miradouro de São Pedro de Alcântara. Daí descemos até ao Largo do Carmo, um ponto de passagem obrigatório, dado ser véspera de 25 de Abril. Descemos até à Baixa de Lisboa, atravessamos a R. Augusta, seguindo pela Rua da Conceição e de novo começamos a subir. Passamos pela Igreja de Santo António, pela Sé de Lisboa e subindo, subindo, subindo sempre, fomos dar aos Miradouros de Santa Luzia, Portas do Sol, Graça e Senhora do Monte, onde a vista sobre Lisboa é de cortar a respiração e onde podemos ter uma noção da magnitude da cidade onde vivemos, localizando os nossos pontos de referência, que são um pedaço do nosso dia-a-dia. Muitos de nós nunca tinham passado por alguns dos locais que visitamos e é sempre bom quando alargamos os nossos horizontes, verdade? A descida foi outro desafio, dada a inclinação das colinas desta mui nobre e leal cidade. Por fim o último miradouro, o do Torel, onde o descanso dos guerreiros já começava a ser merecido e onde fizemos uma pequenina pausa para recarregar as baterias. Daí descemos até à Av. da Liberdade, onde lá no alto já nos esperava o Marquês, a meio caminho do nosso ponto de chegada, o Alto do Parque Eduardo VII.

Creio que todos sentiram uma grande satisfação por terem conseguido ultrapassar este desafio a que se propuseram, pequeninos (e ainda eram alguns) e grandinhos. Venha o próximo!

E é claro, estamos a contar convosco!

Irene Leal

Fotos de: Nuno Estrela e Ângela Amorim.